Os fundos “crossover” são fundos que combinam em um único portfólio investimentos em empresas de capital aberto e empresas de capital fechado. Estes fundos são estruturados com o objetivo de oferecer aos investidores retornos potencialmente maiores do que os de fundos de ações comuns – os tradicionais long-only ou long-biased. Estes fundos adotam estratégias de investimento de longo-prazo e o retorno superior vem da exposição de parte do portfólio à empresas de alto crescimento em fase pré-IPO.

Normalmente, os investimentos em empresas de capital fechado se direcionam a companhias que têm em seus planos a possibilidade de se transformarem em empresas de capital aberto através de um IPO em horizonte de dois ou três anos. O investimento em tais empresas serve como um combustível para impulsionar o crescimento da empresa. A tese predominante em tais fundos é CRESCIMENTO.

Os fundos crossover possibilitam um retorno maior, mas isso pode vir acompanhado de uma maior volatilidade. Dessa forma, são indicados para investidores que tenham um horizonte de investimentos de longo prazo.

Os crossovers já são conhecidos no mercado norte americano e europeu há algum tempo. Nos últimos anos, com a revolução digital que têm resultado no surgimento de empresas inovadoras e de alto crescimento, esta modalidade de investimentos tem se tornado cada vez mais conhecida e demandada por investidores nestes países. Alguns exemplos de gestoras internacionalmente que possuem produtos dessa natureza são a escocesa Baillie Gifford, gestora centenária, e a americana Durable Capital Partners, com cerca de £ 325 bilhões e US$12 bilhões sob gestão respectivamente.

O mercado brasileiro ainda não possui fundos com estas características, todavia já podemos detectar um olhar mais atencioso de gestores de fundos de ações para o universo de investimento de venture capital e private equity.

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