No mesmo sentido dos fundos crossover (volte um posts), uma outra tendência frequentemente observada no mercado de ações tem sido o investimento em growth equity: empresas em níveis pré-IPO. Ou seja, o “último cheque” privado, antes da empresa ir a mercado e negociar suas ações em bolsa.
Por muito tempo, esse tipo de investimento era acessível apenas a grandes investidores e fundos de private equity. Porém, o mercado apresentado novas possibilidades também para investidores comuns e o Brasil tem se mostrado um solo fértil para ideias inovadoras, atraindo muitos investimentos nesse sentido. Conheça a seguir alguns exemplos recentes de investimentos para acelar o crescimento das empresas antes do IPO!
A fintech Nubank foi notícia nos últimos meses quando recebeu a captação de US$ 750 milhões, como uma extensão da captação série G anunciada em janeiro deste ano. A Berkshire Hathaway, empresa de Warren Buffet, com poucas apostas no Brasil, foi responsável pelo aporte de US$ 500 milhões, enquanto os outros US$250 milhões foram liderados pela Sands Capital (americana) com outros investidores, incluindo gestores brasileiros. Após o aporte, o Nubank foi avaliado em US$ 30 bilhões, se tornando a sétima startup mais valiosa do mundo e a quinta instituição financeira mais valiosa da América Latina.
Quem também chamou atenção nos últimos meses foi a proptech Loft, que levantou o montante de US$ 425 milhões em sua última rodada de investimentos. A rodada foi liderada pela gestora Baillie Gifford, que faz investimentos crossover em empresas de capital fechado e também em empresas de capital aberto em seus fundos. Atualmente a Loft está avaliada em US$ 2,2 bilhões de dólares.
Ainda no setor imobiliário, o Quinto Andar, seguindo a lista de startups brasileiras, fechou a última rodada de captação de investimentos com cheques que somaram US$ 300 milhões. Nos últimos dois anos, o Quinto Andar dobrou seu valor de mercado e hoje tem seu valuation estimado em US$ 4 bilhões. O fundo de investimento da Ribbit Capital, localizada no Vale do Silício, liderou a rodada de aportes da empresa.
Por fim, outra fintech que chamou atenção nas rodadas de investimento foi a Cloudwalk, empresa de pagamentos fundada em 2013, que levantou US$ 190 milhões, sendo o maior montante já visto no Brasil em uma rodada série B. A gestora norte-americana Coatue liderou a rodada de investimentos, com participação da DST Global – empresa chefiada pelo bilionário russo Yuri Milner -, Valor Capital, FIS e The Hive Brazil.
E você, já investe em growth equity?