A Crack in Creation foi uma recomendação de um amigo que está em Stanford se atualizando sobre desenvolvimento tecnológico.
O livro é de 2017 e foi escrito por Jennifer Doudna, responsável pelo departamento de biologia molecular da Universidade da California em Berkeley, e pelo colaborador Samuel Sternberg. Em 2015, coordenou um trabalho de pesquisa em colaboração com Emmanuelle Charpentier do Centro Helmholtz para Pesquisa de Infecções na Alemanha, que levou à descoberta de uma metodologia revolucionária para edição genética – CRISPR-Cas9. O método simplifica e barateia enormemente o processo de edição genética. Além disso, permite corte e reposição de partes do DNA de forma muito mais precisa do que métodos anteriores. Assim, houve uma enorme proliferação de experimentos de modificação genética em plantas, animais e até em células humanas.
O começo do livro é super interessante. Descreve, através de um exemplo real, o processo de descoberta de uma nova tecnologia em ambiente acadêmico de pesquisa. Relata as possibilidades de cura de doenças e aumento de produtividade de culturas agrícolas. Além de expor os riscos e imprevisibilidade de consequências de uma possível alteração definitiva do genoma humano.
O final de Crack in Creation é menos interessante. O foco passa a ser sobre as discussões em relação às consequências práticas. E também sobre as questões éticas que devem ser levadas em consideração para regular o uso da tecnologia.
Portanto, é uma boa leitura para quem tem interesse em tecnologia e gosta de aprender um pouco sobre outras áreas fora do mundo de investimentos.
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